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Guine

2019: DA TRAGÉDIA AO ALENTO.

Salve Nação Tricolor,

 

Eu poderia começar esse post com #ForaLeco, #ForaRai ou #ForaDiniz…, mas isso não é de meu feitio, não sou assim e o principal: isso não adianta nada e não tem resultado prático para reflexão, apenas resulta em curtidas e RTs, e na boa? Isso não me interessa.

 

Dito isto, vamos falar do São Paulo 2019, mas como falar em 2019 sem lembrar de 2018?

 

 

No dia 11 de novembro de 2018 os jornais noticiavam que Aguirre não era mais treinador do São Paulo… eu disse em minhas redes sociais que a troca de Aguirre por Jardine quando e como se deu sepultava nosso ano de 2019, falar isso hoje é fácil, é fazer profecia do passado; mas na época fui criticado pelos defensores de Jardine, “que traria o padrão Cotia para o profissional…” o resultado a gente viu.

 

Aconteceu o obvio e no dia 14 de fevereiro de 2019 André Jardine deixava o comando técnico do tricolor, para nossa alegria e desespero; alegria pela saída de quem não devia ter assumido e desespero pela contratação de um treinador que não poderia comandar o time de imediato.

 

Ao conversar com amigos em grupos de WhatsApp, dizia que a contratação de Cuca sem condições de assumir era nociva, afinal haveria um vácuo de comando entre a saída de André Jardine e sua chegada que não podia dar certo… não deu… estava na cara.

 

Cuca assumiu um time que já havia sido comandado por dois técnicos na temporada, elenco já montado, alguns jogadores já queimados pela torcida e outros como Alexandre Pato e Hernanes, as duas principais contratações do clube na temporada até então, não estavam nos planos dele…

 

Aí veio a “pá de cal”, o técnico precisava de um meia armador e um NOVE fazedor de gols, e a diretoria trouxe dois jogadores para a Lateral Direita… Daniel Alves e Juanfran

 

Cuca, que estava contente com Igor Vinícius que vinha dando conta do recado; certamente não gostou… chegou a dizer de forma que pareceu contrariado que ele teria que mudar a forma do time jogar para adaptar os dois contratados.

 

No dia 26 de setembro Cuca deixou o São Paulo, pediu uma reunião com Raí e Alexandre Pássaro, para comunicar que estava descontente com os últimos resultados (apenas uma vitória nas últimas seis partidas) e que não conseguia fazer sua equipe jogar como gostaria, pediu a conta.

 

No dia 27 de setembro Fernando Diniz assumiu o comando técnico do time, a ideia inicial era manter Wagner Mancini até o final do ano e depois contratar alguém em definitivo, mas com a influência de alguns líderes do elenco, a diretoria mudou de ideia e contratou Diniz.

 

Diniz tinha como meta para permanecer no comando técnico do clube classificar o time para a fase de grupo da Libertadores e aos trancos e barrancos conseguiu, está mantido e após muito tempo o São Paulo vai começar uma temporada com o treinador que terminou a anterior.

 

É verdade que Jardine também terminou a temporada de 2018 e começou 2019, mas não comparo as situações, Jardine tinha que fazer o que Aguirre não conseguiu com um elenco que derrubava técnicos, e Diniz tem que fazer o que Cuca não conseguiu, mas com um elenco que o escolheu como técnico… isso pode fazer a diferença.

 

Os fatos mostram que nossa diretoria errou demais, quatro treinadores em um ano; o resultado esperado quando da saída de Aguirre era brigar pelo Z4 e vendo o que aconteceu com o Cruzeiro que cumpriu à risca a cartilha para ser rebaixado, decisões parecidas com as tomadas por nossa diretoria, tenho convicção de que escapamos de uma tragédia.

 

Sim, escapamos de uma tragédia com direito a ganhar uma vaga para a fase de grupo da Taça Libertadores, e agora temos um alento: após muitos anos o São Paulo começa uma temporada com um elenco qualificado e pronto, um técnico que terminou a temporada anterior e os principais reforços que precisamos já estão no elenco, são: Pato, Pablo e Hernanes em condições de jogar o que podem.

 

“Ahhh Guine, mas você não vai comentar as contratações erradas, ou que não deram certo, a falta de esquema tático, ou os problemas no Departamento Médico? ”

 

Desculpa amigo, eu tenho um pouquinho de noção para entender que um elenco que tem QUATRO comandantes no ano, QUATRO formas de trabalhar a parte física e QUATRO formas de jogar diferentes, não corre o menor risco de dar certo, de conseguir bons resultados, o time foi até longe demais… Precisamos de uma continuidade de trabalho inclusive para analisar e cobrar resultados, em 2020 teremos.

 

Na minha visão, por muitos já conhecida, o calcanhar de Aquiles do São Paulo nos últimos anos tem sido a constante troca de treinadores, isso está claro e evidente e só não vê quem não quer, logo repito, vejo como um alento a manutenção de um técnico de uma temporada para a outra e a continuidade de um trabalho, precisamos disso.

 

Um abraço ao torcedor tricolor e um excelente 2020 para todos nós!

 

Fiquem bem.

 

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Guine

Agente de viagens por profissão, blogueiro por opção; analises sincéras, mas nada isentas quando o assunto é São Paulo Futebol Clube.

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