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RAIO X DO TRABALHO DE BAUZA, E O FUTURO?

Boa tarde nação Tricolor.

 

Esse post é resultado de discussões, informações e opiniões que fui buscar nos últimos dias para tentar entender o trabalho de Bauza que chegou ao São Paulo em dezembro de 2015 e amanhã faz seu último jogo como comandante do Tricolor,  e o que vai ser do São Paulo nos próximos meses.

 

Bauza, no início do ano tinha em suas mãos o seguinte elenco (alguns promovidos das divisões de base durante o primeiro semestre):

 

Goleiros: Denis, Renan e Léo.
Laterais: Bruno, Auro, Caramelo; Mena, Carlinhos e Matheus Reis.
Zagueiros: Maicon, Lugano, Rodrigo Caio, Lyanco, Lucão, Luiz Eduardo e Breno.
Volantes: Hudson, Thiago Mendes, Wesley, João Schmidt, Artur e Banguelê.
Meias: Ganso, Lucas Fernandes, Daniel, Michel Bastos e Centurion.
Atacantes: Luiz Araújo, Kieza, Rogério, Guisao, Kelvin, Calleri, Alan Kardec e Pedro.

Resultados conseguidos por Bauza com esse elenco:

 

Campeonato Paulista:

16 jogos: seis vitórias, quatro empates e seis derrotas.

Mesmo levando-se em consideração que o time estava em formação, campanha medíocre onde terminou a fase de grupos na segunda colocação do grupo C, com 48,9% de aproveitamento. Nas quartas de final enfrentamos o Audax, primeiro colocado do mesmo grupo em jogo único fora de casa e fomos goleados por 4–1 e eliminados da competição. Não vencemos nenhum clássico.

 

Libertadores da América:

14 jogos: cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

O São Paulo foi além das expectativas; entramos no grupo A, com River Plate, The Strongest e Trujillanos, depois de passar pela primeira fase com um empate (1–1) e uma vitória (1–0) contra o Universidad César Vallejo. Terminamos a segunda fase na segunda colocação com 9 pontos, atrás do River que ficou com 11. Passamos pelo Toluca nas oitavas de final: uma goleada em casa por 4–0 (melhor partida do ano) e uma derrota no jogo de volta por 3–1. Nas quartas enfrentamos o Atlético-MG, ganhamos o jogo de ida em casa por 1–0 e perdemos na casa do adversário por de 2–1. Na semifinal fomos eliminados pelo Atlético Nacional sendo derrotado nos dois jogos, nessa fase, penso eu, por influência do Apito, derrota em casa por 0 x 2 e na Colômbia por 2 x 1, nas duas partidas o São Paulo, embora inferior tecnicamente, jogou igual ou melhor que o adversário até o momento da interferência da arbitragem, na superação.

 

Campeonato Brasileiro:

17 jogos: seis vitórias, cinco empates e seis derrotas.

Campanha de time intermediário, para lutar por Sul-americana, após 17 jogos, Bauza deixa o tricolor com 23 pontos, na 10ª posição, pontos bobos perdidos em casa e hoje o São Paulo está mais próximo do Z4 que do G4.

 

Desempenho geral do São Paulo de Bauza:

47 jogos: 17 vitórias, 13 empates e 17 derrotas; 57 gols marcados e 50 gols sofridos; dessas vitórias apenas duas aconteceram fora de casa, aproveitamento geral de 45,4%.

Bauza deixa no São Paulo seu legado: conseguiu reencontrar o futebol de PH Ganso, ajudou na recuperação (até aqui) de Denis, transformou um time que era fraco psicologicamente e “jogava a toalha” com muita facilidade quando, passava por dificuldades, em um time guerreiro e que luta até o último minuto do jogo e ainda apostou nos garotos da base, mas os resultados objetivos mostram um time muito fraco, que praticamente não ganha fora de casa e até a defesa, que achávamos ser um problema resolvido, objetivamente falando não é, pois leva muitos gols; futebol convincente apenas em três ou quatro partidas, no mais chegamos onde chegamos na superação. Bauza na média conseguiu ser um bom técnico, mas repito, graças à campanha que conseguiu na libertadores e à mudança de postura do elenco, se ficasse no Brasileiro com o elenco que tem, possivelmente seria demitido em breve, pois não vemos no brasileirão a garra e a entrega que víamos na libertadores.

 

O Novo São Paulo:

 

O elenco sofreu as seguintes alterações:

Gol e volantes: Sem mudanças.
Laterais: Chega Buffarini.
Zaga: Chega Douglas Silva e possivelmente sai Rodrigo Caio.
Meio Campo: Sai Ganso, Lucas Fernandes e Centurion, chega Cueva.
Ataque: Sai Kieza, Rogério, Guisao, Calleri e Alan Kardec, chegaram Ytalo (já contundido), Chávez e Gilberto.

 

Penso que o elenco do segundo semestre é mais fraco tecnicamente além de menor numericamente que o elenco que tinha Bauza, não temos reposição a altura para Hudson e Cueva, temos um número pequeno de atacantes e se levar em consideração seleções (Buffarini, Mena, RCaio se ficar e Cueva “correm esse risco”, suspensão por cartões (virou moda) e lesões (tão comuns no SPFC ultimamente); o elenco fica ainda mais fragilizado.

 

Abaixo uma prancheta com dois times que “montei”, veja que para o segundo (reserva) tive que improvisar em duas posições.

 

 

Fica até difícil pensar em quem contratar para treinador; mas as deficiências do elenco (técnica e numérica), posição na tabela e os resultados de Bauza precisam ser levados em consideração, pois se Bauza com um elenco maior numericamente e melhor tecnicamente não conseguiu bons resultados objetivamente falando, qual deveria ser a prioridade do tricolor? Buscar alguém com o de perfil Bauza? Alguém para terminar o ano e começamos 2017 com um novo trabalho? Um brasileiro? Um estrangeiro?

A sorte está lançada, a diretoria tem dois trabalhos de estrangeiros para avaliar se seguem nessa linha ou se mudam; que façam o melhor e independente de quem venha, torcer e apoiar.

Um abraço a todos e até a próxima.

 

Guine

 

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Discussões e opiniões sobre futebol e sobre o Tri-Mundial.

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Guine

Agente de viagens por profissão, blogueiro por opção; analises sincéras, mas nada isentas quando o assunto é São Paulo Futebol Clube.

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