EDITORIAL
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Mais uma vez o São Paulo optou pelo caminho fácil: demitiu o treinador.
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Depois do tri campeonato brasileiro vencido entre 2006 e 2008 sob o comando de Muricy Ramalho; o São Paulo, com a queda de Diego Aguirre, chega ao incrível número de 18 treinadores demitidos em 10 anos, uma média de quase dois treinadores por ano no comando da equipe.
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Entre esses, quem mais tempo ficou no clube foi Muricy Ramalho, que voltou para salvar a equipe da série B e comandou o time entre 2013 e 2015 e o único que ganhou um título foi Ney Franco em 2012. No mais, o clube acumula fracassos de treinadores com todas as características possíveis: Vencedores no Clube (Muricy, Paulo Autuori); ídolos no campo (Doriva, Pintado, Rogério Ceni); Estrangeiros (Osorio, Bauza, Diego Aguirre); Promessas em ascensão (Ricardo Gomes, Adilson Batista); apostas do clube (Sergio Baresi, Andre Jardini); técnicos experientes (Paulo Cesar Carpegiani, Emerson Leão) e o “Highlander” Milton Cruz que nesse período assumiu o time em oito oportunidades.
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As diretorias cometeram erros seguidos quando o assunto é treinador e planejamento, pois antes de definir uma filosofia sempre foi atrás de nomes considerados “dentro da realidade do clube” e cometeram atrocidades que nenhum elenco suportaria… desde a saída de Muricy no início de 2015 quando o correto seria aproveitar o bom trabalho dele em 2014 e manter a filosofia de jogo, foi um festival de incoerências, de um Osorio, tão ofensivo que parecia um kamikaze até um Bauza que deveria ter o sobrenome de retranca, passando por brincadeiras de mal gosto, como Doriva e Pintado e sempre assistidos por Milton Cruz; apostas políticas depois desprezadas como Rogério Ceni e culminando em um nome da nova diretoria: Diego Aguirre, que ao que tudo indica foi “derrubado pelo elenco”.
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Parece que a demissão de Aguirre é uma tentativa de recuperar a posição na tabela, mas coloca a nova direção na vala comum, no mais do mesmo dos últimos anos, pois ao enfrentar uma dificuldade no elenco se demite o técnico e mantem as laranjas podres.
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Demitir Aguirre por esse motivo é um erro tão grande como contrata-lo, Ceni e Dorival também tiveram problemas com o elenco, a diretoria mudou, achamos que os problemas do vestiário seriam resolvidos, mas não foi; Ricardo Rocha, Lugano e Raí não conseguiram dar a Aguirre o apoio que os dirigentes anteriores não deram para Ceni e Dorival.
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Rachas no elenco é um dos fatos que sempre acompanhamos no futebol, a saída mais simples é demitir o técnico. Mas depois de tantos treinadores, será que não chegou a hora de Raí e cia. Mostrar que são diferentes, identificar os causadores do problema e disponibilizar esses jogadores no mercado? Ora, se temos dificuldades de reforçar o elenco, vamos as trocas. Pelo que se viu o número de jogadores participantes dessa panela é grande.
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Disponibilizando eles no mercado o recado dado seria “Aqui no São Paulo ninguém joga por nome e ninguém é maior que a instituição”. Nomes no mercado tem aos montes, assim como a panela dos laranjas podres, então é hora de garimpar o mercado e separar o joio do Trigo. Que em 2019, no CT da Barra Funda, tenha apenas jogadores comprometidos com o São Paulo é não com seus mimos e birras.
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Não dá mais para apostar, os últimos anos mostraram isso. Passou da hora de um treinador da envergadura do São Paulo; um treinador que seja forte, respeitado, que tenha um histórico de competência e que seja vitorioso e o principal: que seja apoiado pela diretoria que deve apostar em um projeto a longo prazo e ignorar corneteiros e as redes sociais, está claro e evidente que trocar de treinador de seis em seis meses não é a solução.
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Para tudo na vida é fundamental saber a direção que se quer seguir antes de dar o primeiro passo. E o São Paulo está tão perdido que vem aceitando quaisquer caminhos para buscar títulos sem uma reflexão prévia, mas não leva em consideração que se o alicerce não é firme, toda a construção desmorona. E é o que estamos assistindo: o soberano desmoronando em meio ao vão das péssimas escolhas para o clube.
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Equipe Tricolor On The Rock.