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DE CENI A DINIZ: UMA SUCESSÃO DE ERROS

 

Salve nação tricolor,

 

Essa história começa em meados de março de 2017 quando em busca de um escudo para se reeleger, Leco escolheu o então despreparado Rogério Ceni para ser o técnico do São Paulo, em um semestre o técnico foi eliminado no Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana; e após o time chegar à zona de rebaixamento no Brasileirão foi demitido para a chegada de Dorival Jr. em julho daquele ano.

 

Dorival levou o São Paulo à modesta 13ª posição do campeonato brasileiro, muito pouco, e conseguiu um início de campeonato paulista catastrófico em 2018, além disso jogadores importantes do elenco para ele eram problemas: Diego Souza e Nenê, nunca agradaram a Dorival por suas características. O técnico foi demitido, e aqui de fora parecia que os “líderes do elenco” queriam essa demissão.

 

Em março de 2018 a diretoria contratou Diego Aguirre, um dos poucos acertos da administração Raí no que se diz respeito a treinador, milagrosamente Nenê e Diego Souza começaram a jogar e “deixaram a gente sonhar”, o time de Aguirre foi campeão do primeiro turno do Brasileirão e depois de muito tempo o São Paulo brigava por um título.

 

Na hora “H” faltou elenco, Diego Souza e Nenê já não rendiam tanto, o time carecia de um goleiro, de um nove e de um 10, mas o que Aguirre ganhou mesmo foi o “descontentamento” dos “líderes do elenco”…

 

Chegamos no dia 11 de novembro de 2018.

 

Neste fatídico dia em uma disputa entre “líderes do elenco” e o técnico, Diego Aguirre era demitido faltando 5 rodadas para o termino do campeonato Brasileiro, André Jardine assume o time e como esperado: foi demitido em 14 fevereiro após uma passagem desastrosa.

 

Cuca foi contratado, mas não assumiu de imediato devido a problemas de saúde e Mancini, seu auxiliar, seria o treinador tricolor no início de 2019, Mancini consegue chegar à final do Paulista, o que foi uma mudança da água para o vinho se comparado ao desempenho do time com André Jardine, Cuca assumiu o time na final e perdeu.

 

Cuca deu sequência a seu trabalho, aos poucos estava achando um time, mas o elenco precisava de reforços; um meia e um nove.

 

A diretoria contratou 2 laterais-direitos e o pior, ambos teriam que jogar, afinal o marketing foi grande, um na 10 e outro na 2, Cuca pediu para sair, pois teria que começar do zero e ele não tinha paciência para isso, o argumento aceito pela diretoria: não conseguia tirar mais nada do elenco.

 

Chegou a hora do auxiliar assumir o posto e mostrar que seu trabalho no Paulista não foi por acaso, alguns diziam que Raí queria Mancini como treinador, pelo menos até encontrar o técnico definitivo daria uma oportunidade para ele.  Mas… não foi dessa vez, atendendo a um pedido dos “líderes do elenco”, a diretoria contratou Fernando Diniz. Logo, Diniz é o resultado de uma sucessão de erros, da falta de convicção e de falta de comando…

 

Sempre achei que a contratação de Diniz como se deu foi um erro que nos custaria caro, afinal a diretoria se tornaria mais refém ainda desses “líderes do elenco”.

 

Se inicia então a era Diniz, no Paulista a equipe começou mal, aos poucos foi se encontrando a ponto de se tornar favorita ao torneio… veio a pandemia e a pausa no futebol, no retorno a esperança se transformou em decepção, o milionário time de Diniz foi eliminado por um catado do Mirassol, começava aí os efeitos da era Diniz.

 

Libertadores, mais um vexame, eliminação na primeira fase do torneio… o time que havia vencido a LDU antes da pausa e animado a torcida apesar da derrota contra o Binacional, mostrava que a era Diniz realmente prometia…

 

Veio a Sul-americana e mais um vexame, Diniz já podia pedir música no fantástico, afinal foram três vexames em dois meses, mas nossa diretoria resolveu não repetir o erro que cometeu com Aguirre…

 

A decisão da diretoria parecia dar certo, o time conseguiu uma série de bons resultados no Brasileiro e eliminou na Copa do Brasil as equipes do Fortaleza e do Flamengo, abriu uma boa vantagem no Brasileirão ao ponto de, no final de dezembro, ser apontado como candidato aos dois títulos.

 

Um parêntese (no TOTR nunca nos iludimos com essa história de favorito, afinal sabemos que futebol existem altos e baixos e estávamos vivendo o nosso alto.)

 

No momento em que aconteciam as festas de final de ano começava a derrocada do São Paulo e de Diniz em dois jogos contra o Grêmio, no primeiro fora de casa, o time foi melhor que o adversário, mas falhou na hora de concluir, no segundo jogo em casa a coisa desandou de vez, parece que Renato assistiu ao jogo do São Paulo contra o Corinthians de Mancini onde pela primeira vez eu havia visto o time de Diniz não conseguir jogar.

 

Veio janeiro e o primeiro jogo contra o Bragantino, derrota humilhante e insultos de Diniz contra Tchê Tchê, mostrava que o técnico estava perdendo o elenco, ou que algo de ruim acontecia no vestiário, era hora de mudar para tentar salvar o campeonato.

 

A diretoria se omitiu, manteve Diniz e praticamente abriu mão do campeonato naquele momento… derrotas para os reservas do Santos, empate contra o Athletico e pôr fim a humilhação das humilhações, com uma derrota humilhante no Morumbi, a maior goleada que sofremos em nossa casa na história recente, o tricolor passou a liderança para o Internacional, no jogo seguinte, empate contra o Coritiba em casa e a diferença do novo líder para o São Paulo era de quatro pontos.

 

Veio então a pá de cal, uma derrota contra o Atlético-GO, praticamente sepultou as chances de títulos do São Paulo, agora só um milagre, afinal a vantagem de 7 pontos de dezembro se transformou em desvantagem de 7 pontos após um janeiro sem vitórias.

 

Não dá para saber o que vai acontecer até o final torneio, afinal falamos de futebol onde não há logica; mas por uma sucessão de erros o São Paulo deve pagar o preço por aquele erro que cometeu lá em 2018, quando optou pelos “líderes do elenco” na “disputa” com Aguirre que deveria ter sido mantido no cargo, e agora, deixar de brigar por um título que a essa altura não era difícil, por manter, quando deveria ter demitido Diniz.

 

O grande erro de Raí foi ouvir os líderes do elenco, e o da nova diretoria se meter no vestiário com dois meses de antecedência, a mudança de clima no vestiário pedia a mudança do técnico, mas faltou coragem, timing e planejamento… agora nos resta brigar pelo G4.

 

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Guine

Agente de viagens por profissão, blogueiro por opção; analises sincéras, mas nada isentas quando o assunto é São Paulo Futebol Clube.

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