Após a união com o Estudantes Paulista, o São Paulo FC necessitava de maiores e melhores instalações para seus associados. Assim, transferiu sua sede administrativa para o Edifício Santa Victória, um prédio situado na Rua Dom José de Barros, 337. Já os jogos eram realizados no Estádio Antônio Alonso, na Rua da Moóca.
O estádio era pequeno, acanhado. Em pouco tempo não supriria mais as necessidades do clube, de torcida vibrante e crescente. Nessa época, a Prefeitura terminava a construção do Estádio Municipal do Pacaembu, que seria inaugurado em 27 de abril de 1940. Batizado com o nome do presidente são-paulino Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória, em 1961, o estádio possui vínculo com o Tricolor desde muito antes.
Em junho de 1930, foi noticiado que o SPFC levaria a cabo a construção do grande estádio de futebol da cidade, naquela mesma região doada pela Companhia City ao Estado de São Paulo quatro anos antes. Como o Governo nada fez nesse período, a City revogou a doação a fim de destiná-la a outros interessados. Apesar da declaração são-paulina, a Cia repassou o terreno à Prefeitura, em 1935.
No evento de inauguração, em 1940, as delegações desfilaram para o público e para o presidente Getúlio Vargas, que não era lá muito bem quisto em todo o estado desde a Revolta Constitucionalista de 1932. Quando a bandeira do São Paulo FC entrou em cena, todos os presentes, são-paulinos, corinthianos, palestrinos e paulistanos em geral gritaram: São Paulo! São Paulo! São Paulo! Enquanto apontavam para a tribuna de honra, onde se encontrava o presidente.
A quem duvidar, o relato do jornal Folha da Manhã, então propriedade da família Matarazzo:
“O público esportivo propriamente dito demonstrou quanto é querido o S. Paulo F.C., pois, ainda que apresentasse pequena turma, recebeu calorosas palmas, sendo o seu nome ovacionado deliberadamente”
Getúlio, fingindo espanto e desconhecimento do protesto, teria comentado que, ao visto, o São Paulo era o clube mais querido da cidade. No dia seguinte, os jornais estampavam “O Clube Mais Querido da Cidade”, frase que desde então virou marca oficial do SPFC, encontrada até hoje em seus documentos.
Não bastasse, pouco tempo depois do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda, o DEIP, promoveu um concurso público para confirmar, com métodos científicos, quem, de fato, era o clube mais querido da cidade. Não deu outra. Apesar do favoritismo dos rivais mais velhos, a torcida são-paulina se destacou preponderantemente. Foram 5.523 votos, mais do que SCCP e Palestra somados (2.671, 2.593).
Oficialmente, desde então, o São Paulo Futebol Clube é O Clube Mais Querido da Cidade.
Fonte:
http://www.saopaulofc.net/spfcpedia/a-historia-do-spfc/reinicio/