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Guine

UMA APOSTA ARROJADA E PERIGOSA

Salve nação tricolor,

 

E lá vamos nós começar tudo de novo…

 

Desde 2009 com a saída de Muricy Ramalho; o São Paulo, com a chegada de Fernando Diniz, chega ao número de 20 treinadores em 10 anos, uma média dois treinadores por ano; totalizando 32 trocas no comando da equipe, pois Milton Cruz assumiu o clube em oito oportunidades diferentes, André Jardine em três e a dupla Muricy Ramalho e Ricardo Gomes duas vezes nesse período, se considerarmos 32 trocas de técnico chegamos à incrível média de três treinadores por ano.

 

Entre esses, quem ficou mais tempo foi Muricy, entre 2013 e 2015 e o único que ganhou um título foi Ney Franco em 2012. No mais, o clube acumula fracassos de treinadores com todas as características possíveis: Vencedores no Clube (Muricy e Paulo Autuori); ídolos no campo (Doriva, Pintado e Rogério Ceni); Estrangeiros (Osorio, Bauza e Diego Aguirre); Promessas em ascensão (Ricardo Gomes, Adilson Batista, Ney Franco  e Mancini); apostas do clube (Sergio Baresi e André Jardine); técnicos experientes (Paulo Cesar Carpegiani, Dorival Junior, Emerson Leão e Cuca) e o Milton Cruz que nesse período assumiu o time em oito oportunidades e agora chega Fernando Diniz.

 

Falta planejamento, ao invés de definir uma filosofia o clube sempre foi atrás de nomes considerados “dentro da realidade do clube” e cometeram atrocidades que nenhum elenco suportaria… desde a saída de Muricy no início de 2015 quando o correto seria aproveitar o bom trabalho dele em 2014 e manter a filosofia de jogo, foi um festival de incoerências, de um Osorio, tão ofensivo que parecia um kamikaze até um Bauza que deveria ter o sobrenome de retranca, passando por brincadeiras de mal gosto, como Doriva e Pintado e sempre assistidos por Milton Cruz; apostas políticas depois desprezadas como Rogério Ceni e culminando em um nomes da nova diretoria: Diego Aguirre e Cuca, que tem características completamente diferentes.

 

Não há mais perfis a ser testado… já apostamos em experiência, em novidades, ídolos, “gringos”, retranqueiros, kamikazes, etc. teve treinador para todo gosto, logo, dizer que a frequente troca de treinadores não resolve e pelo contrário, só atrapalha, é chover no molhado, discutir isso é desnecessário já que se trata de um fato.

 

Isto posto, fica claro e evidente que já passou da hora de se apostar em um trabalho, de dar tempo para um treinador criar uma filosofia e um padrão de jogo e eis que a diretoria escolhe? Fernando Diniz…

 

Gosto da ideia de futebol proposta por Diniz, se conseguir botar em pratica será um revolucionário, mas o fato é que depois de um bom trabalho no Audax, não conseguiu decolar em clubes como Athletico e Fluminense; e se levarmos em conta o momento do São Paulo, a contratação de Diniz é arriscada e arrojada; afinal ele chega com uma reprovação enorme de uma torcida que, machucada como está, não conhece mais o significado da palavra paciência, e se os resultados não vierem a pressão será imensa e fica a pergunta: haverá por parte da diretoria convicção para bancar a permanência de Fernando Diniz ou o treinador vai entrar para as estatísticas de erros cometidos por nossas diretorias?

 

Até a próxima,

Guine.

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Guine

Agente de viagens por profissão, blogueiro por opção; analises sincéras, mas nada isentas quando o assunto é São Paulo Futebol Clube.

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