Salve, salve, Nação Tricolor!
Hoje quero bater um papo sobre a troca de treinadores no São Paulo Futebol Clube.
Dorival Jr. deixa o tri-mundial para assumir a seleção brasileira, enquanto Thiago Carpini, que estava no Juventude, vice da Série B, chega para comandar o maior do mundo.
Primeiramente, é justo destacar que Dorival entra para o rol dos grandes técnicos do São Paulo. Com todo mérito, ele conquistou o único título que faltava na vasta galeria tricolor: a Copa do Brasil, sendo a conquista mais relevante desde o Brasileirão de 2008.
Não vejo a mudança como um problema. Entendo que a forma de jogar, que foi idealizada por Ceni e refinada por Dorival, precisa de mudanças profundas com as chegadas e saídas de jogadores ao fim da temporada.
O atual sistema de jogo foi pensado em um momento em que não tínhamos caras como James, Lucas, Ferreirinha e Erick no elenco, além de vários jogadores importantes estarem no Departamento Médico.
Com as chegadas de jogadores importantes, como Ferreirinha e Erick, com James que começa a temporada e a manutenção de Lucas e Luciano, o time precisa se reinventar para não correr o risco de ter os jogadores mais técnicos no banco de reservas.
Apesar de eu achar que precisamos de um reserva para o Calleri e um lateral esquerdo para brigar com Wellington pela posição, temos um elenco equilibrado e versátil. Isso permite que a diretoria não fique amarrada a um único estilo de treinador, facilitando na escolha do sucessor.
Quando Ceni e Dorival foram contratados, o São Paulo tinha elencos modestos e metas mais humildes. O foco era fazer uma boa temporada e tentar beliscar uma das Copas. Isso seria o ápice do trabalho naquela época.
Agora, a situação é outra. O ápice de antes é o ponto de partida. O elenco está longe de ser modesto, e as pretensões começam com a busca por títulos importantes. Qualquer coisa abaixo de ganhar pelo menos uma Copa do Brasil será vista como fracasso. Por isso, eu esperava um treinador à altura de Rogério Ceni e Dorival Jr., mas, surpreendentemente, o sucessor de Dorival Jr. é Thiago Carpini.
Thiago Carpini assume o comando do São Paulo com 39 anos e 85 partidas como treinador profissional. Ele assina um contrato de um ano com cláusula de renovação automática em caso de conquistas de títulos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil ou Copa Libertadores.
Toda contratação é uma aposta, e essa é uma aposta mesmo. As poucas informações sobre Carpini não justificariam sua escolha para o São Paulo, com um elenco tão qualificado e após um longo tempo voltando a disputar a Copa Libertadores.
A falta de experiência é um fato, mas o pouco que vimos do trabalho dele mostra uma pessoa dedicada, lutadora e vitoriosa. Ele levou o modesto Água Santa à final do Campeonato Paulista, eliminando o São Paulo no caminho, e trouxe o Juventude de volta à Série A.
Qualquer coisa que se diga hoje, seja positiva ou negativa sobre o que se esperar do trabalho de Carpini no São Paulo, é uma aposta. Ele tem tudo que precisa para dar um salto na carreira: estrutura, elenco, competições importantes e, principalmente a oportunidade. Que ele tenha o respaldo da direção e o apoio da torcida.
Valeu, Dorival! Bem-vindo, Carpini.
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