O ano que decepcionou.
Torcedor tricolor on the rock
Quando escrevo este texto, estamos a dois dias da saideira do ano de 2021 e confesso que este ano prometia ao tricolor paulista bem mais do que realmente aconteceu: presidente e diretoria novas, mudança de mentalidade mas a sensação que é terminamos o ano da pior forma e com uma sensação de deja vú e de desânimo que permanece muito forte por inúmeros fatores que vamos conversar aqui.
O ano começa atípico em meio a uma temporada que foi estendida devido a pandemia do Covid-19, o São Paulo liderava o Brasileirão-20 com 7 pontos de vantagem, por mais que o futebol nunca tenha me animado e convencido, ainda assim restava alguma esperança de títulos, esperança essa que se desfez num dos jogos mais trágicos da história do SP, sem exagero, uma derrota que provocou vergonha alheia no torcedor.
Graças ao descontrole e destempero do técnico Fernando Diniz que provocou um bate-boca público com Tche Tche em campo, num episodio que ficou eternamente marcado como o “ingrato, perninha e mascaradinho” que o jogador foi xingado em campo, O ambiente que já estava ruim devido a eliminação contra o Grêmio pela Copa do Brasil se deteriorou de vez e Diniz não venceu mais no Brasileirão: derrotas contra Atletico-GO, as humilhações históricas contra o Sub-17 do Santos e a vexatória goleada contra o Inter no Morumbi, empate contra o Coritiba e Athlético-PR mataram as chances de título do SP e a demissão do treinador que deveria ser imediata, demorou a acontecer, Vizolli assumiu e o SP ainda como prêmio de consolação garantiu quarto lugar.
A contratação de Crespo e a vinda de alguns jogadores animaram o torcedor para o Paulistão, o time entrou sem descansar, enquanto os outros pouparam seus elencos e com uma campanha quase invicta, os comandados de Hernan Crespo, ex-jogador Campeão da Sul Americana pelo Defensa Y Justicia que chegou e rapidamente se identificou com o torcedor onde conquistaram um Paulista depois de mais de 12 anos sem o SP ganhar nada, ali parecia que o medroso tricolor voltou a ser valente e brigador onde disputou cada partida como a Copa do Mundo.
Atuações fantásticas em particular de Martin Benitez indicavam que a época dos vexames tinha chegado ao fim, mas eis que a ilusão se transformou em pesadelo, o que parecia ser algo bom na verdade foi uma ilusão, problemas internos da comissão técnica com o grupo, dinamitaram o trabalho de Crespo, escolhas erradas do treinador Argentino, improvisações fizeram com que o tricolor tivesse uma das piores campanhas da história dos pontos corridos, um ataque pífio e horroroso que mesmo com a chegada de Calleri não conseguiu empolgar.
Evidente que contra adversários mais fortes e preparados que no Paulista, o SP demonstrou sua fragilidade e o 14º lugar premiou a incapacidade técnica e administrativa do time na temporada, eliminações vexatórias na Copa do Brasil e na Libertadores. com jogadores que longe de ser soluções viraram problemas tais como: Orijuela, William, Eder, só demonstraram que esta diretoria contratou muito mal também.
A decepção com os dirigentes do São Paulo aumentou com a demissão de Crespo e a passada de pano para alguns jogadores que claramente pararam de jogar com Crespo como se tivessem desaprendido de jogar bola, Rogerio Ceni, um bom nome chegou pra tirar o time da ameaça de cair, mas não conseguiu mudar muita coisa.
O São Paulo foi sim beneficiado com times que pouparam seus jogadores e com más atuações técnicas de seus adversários, mas sofreu humilhações históricas como a derrota contra o Flamengo dentro do Morumbi e a vexatória derrota contra o Grêmio que foi rebaixado e passeou em campo contra o São Paulo.
Pior que as derrotas, o torcedor termina este ano com um sentimento de incerteza, ao invés de se mexerem para melhorar as suas bobagens administrativas, os dirigentes, o Presidente do Conselho Administrativo Sr. Oiten Ayres e o Presidente Julio Casares, rasgaram o estatuto, que tinha dado ao São Paulo uma maior democracia e resolveram instituir um golpe em que o Presidente ganha uma reeleição como um prêmio por sua incompetência e os Conselheiros ganharam mais três anos para pouco fazerem, num clube onde a dívida é enorme, se espera um salvador da pátria ou seja um investidor para colocar no clube dinheiro e com um mandato absolutamente péssimo ao invés de redirecionar esforços para melhorar o que foi de ruim, a diretoria se perde num discurso vazio, tolo e raso.
Em pouco tempo Casares conseguiu um desgaste inimaginável, no começo deste ano com o torcedor se constituindo sim num dos piores presidentes até o momento no São Paulo, queria como diz o meu amigo Guine, passar aquela mensagem de otimismo ao torcedor, mas confesso que estou como a música de Raul Seixas, Ouro de Tolo, que fala: “Confesso que abestalhado, estou decepcionado” e sim decepção é a palavra que define este ano tricolor.
Na próxima semana tentarei organizar as ideias e trazer o que espero deste ano para o time do Morumbi, mas adianto que o melhor no momento pra não sofrer é não esperar absolutamente nada.
Um feliz 2022 pra você torcedor tricolor, pra todos os amigos que acompanham e leem os meu textos, desejo a você paz, saúde, muito sucesso e paciência acima de tudo com o nosso time pois se depender dos nossos dirigentes, 2022 será complicado.
Grande Abraço a Todos!
Até o ano que vem!
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