Olá queridos amigos do Tricolor on the Rock,
Saudades! De vocês e de boas notícias…
Feliz em escrever. Melancólica em reescrever. Porque, a narrativa abaixo se trata de reedições de textos recentes.
A liderança circunstancial de um campeonato, o retorno à competição que é a nossa cara, bom clima, ídolos no comando. Foi o cenário perfeito para passar a sensação de “agora vai”.
Sim, sensação. Porque, o cenário positivo foi construído sem consistência. E o fato é que quando não se faz bem feito, a conta chega.
Os últimos anos do São Paulo é a ponte que liga um passado de referência a um presente devastador em que se contabilizam vexames para desespero daquele que genuinamente o ama: o torcedor.
Eis que o nosso clube de vanguarda caiu em definitivo na vala comum. Para nós, torcedores, o clube aparenta ter virado um baú, no qual há situações que, em parte se tornam públicas, com reflexos evidentes e vergonhosos em campo. Perdemos o argumento.
O fato que nos assola é que talento e resultados foram relegados a outros planos e nos transformamos supostamente em uma soma de confusões que se debruçam sobre o palanque político do benefício próprio.
O nosso futebol, inovador e brilhante no passado, tem um presente sombrio dentro das quatro linhas. Os responsáveis apontados são sempre os mesmos, técnicos, jogadores e árbitros.
Evidente que estes também têm a sua parcela de culpa, mas são efeitos das causas da turma do sabemos fazer.
Se houvesse método, as contratações se dariam de forma estruturada, cumprindo cronograma, identificando o que se tem de recursos financeiros disponíveis versus análise mercadológica, de desempenho, de saúde.
Não temos uma filosofia tática-técnica, não enxergamos a política de transição das categorias de base ao futebol profissional (aliás, vendemos os garotos com uma rapidez OLX), não conseguimos formar um time visando continuidade.
Logo, os resultados não acontecem. É um conceito simplista, mas realista. E por que não conseguimos? Porque, o amadorismo que usa ídolos como escudo perdura.
A questão primordial que cerca uma estrutura profissional é que haja minimamente um planejamento estratégico, com diretrizes organizacionais bem definidas que contenham objetivos.
Essa estrutura, se profissional, deve integrar todos os pilares de atuação do futebol do clube aos demais segmentos como comunicação e marketing e principalmente às áreas de negócios.
Definitivamente, política e futebol só se conversam, minimamente organizados visando resultados e sustentabilidade, se for sob a égide profissional, com o ferramental adequado e recursos aptos.
O querer ser de alguns não leva e não levará o São Paulo Futebol Clube a lugar algum. O que aprendi é que em um cenário de crise, em primeiro lugar se salva a vida. A VIDA.
Ainda que, parafraseando Maquiavel, a ambição do indivíduo seja tão grande que, para satisfazer uma vontade não pensa no mal que pode resultar dela, sejam homens e preservem a vida do São Paulo.
Quer retomar o respeito? Então, que se dê ao respeito. Assumir um lado exige renúncias, há perdas, mas também ganhos. É uma questão de escolha.
Se não vai na excelência, que seja na superação. Se não há como esperar dias melhores da gestão, que o time forme o seu caráter para que voltem a jogar futebol.
E mais do que isso, o meu desejo é que o São Paulo volte a ser São Paulo.
Até a próxima!!!
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