GOLAÇO DA DIRETORIA!

Acervo SPFC

 

 

O clássico diante do Palmeiras e as falhas do goleiro Denis acabaram com qualquer alegria que a torcida poderia ter no início da semana. Dentro de campo, resta o jogo de volta contra o ABC, pela Copa do Brasil, e a partida que deve marcar a estreia de Renan Ribeiro em 2017, frente ao Ituano. Quem sabe ele não vira solução para o gol tricolor na atual temporada… O post de hoje, porém, trata de um assunto extra-campo, que tem tudo para beneficiar o São Paulo.

Enquanto a disputa do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil são as principais preocupações da torcida, a diretoria tem trabalhado intensamente na renovação de contrato de alguns jogadores. Cueva, Luiz Araújo, Lucas Fernandes e Thiago Mendes estenderam seus vínculos por mais quatro anos e o lateral-direito Bruno fica até o fim da próxima temporada. Mais atletas devem ter seus contratos renovados nas próximas semanas. Parece que os dirigentes aprenderam com a perda do João Schmidt, que vai de graça para a Atalanta, da Itália, em julho.

Renovar os contratos de jogadores com antecedência, além do benefício óbvio de não perder o atleta de graça, mostra o quanto o Tricolor tem valorizado quem veste o manto. O investimento feito agora pode render muito mais lucro ao clube em uma futura negociação. Essa política agrada a todos e, certamente, é um “golaço” da diretoria. Melhor do que isso é a postura adotada nas categorias de base, muito mais inteligente do que nas épocas de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. Em fevereiro o São Paulo vendeu o jovem meio-campista Augusto Galvan, do time sub-17, para o Real Madrid. Se ele atingir algumas metas estabelecidas pelo clube espanhol, o Tricolor pode receber quase R$ 10 milhões. Quer uma notícia melhor? O contrato dele venceria este mês. Isso mesmo! Ao invés de perdê-lo de graça, ganhamos uma boa grana. Se é para lucrar, que seja com um garoto que ainda não chegou ao profissional. O elenco principal não pode sofrer um desmanche justamente no primeiro ano do M1TO como treinador.

Ontem, 14, o São Paulo se desfez de outro jogador das categorias de base. Trata-se do atacante William Camargo. Dessa vez o clube não lucrou, mas a diretoria agiu certo novamente. Segundo informações divulgadas no site da ESPN, o pai do garoto exigiu que o Tricolor mais do que dobrasse o salário do atleta, além do pagamento de R$ 100 mil de luvas. A valorização das crias de Cotia também é necessária, mas tudo tem um limite. Em um passado recente, jogadores como o Ademílson (que hoje está no Japão), por exemplo, eram tratados como deuses. Ele até rendeu uma boa grana ao clube (cerca de R$ 10 milhões), mas dentro de campo deixou a desejar. Colocar cada um em seu devido lugar é fundamental para não perder dinheiro. Se nem no Lucas Fernandes, que já está no profissional, podemos apostar 100%, imagina em quem sequer se destaca no elenco sub-20.



Se dentro de campo a defesa tem tirado o sono da torcida, pelo menos a diretoria acerta em várias decisões fora das quatro linhas. O futuro do São Paulo parece melhor do que o passado recente, mas não custa lembrar que é preciso ter paciência, pois as duas últimas gestões fizeram um estrago difícil de consertar.  

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