Salve nação das três cores,
O ano de 2013, que foi um dos piores da história do Maior do Mundo, acabou e 2014 vêm aí. Apesar do ano ruim e da expectativa de muitos, o tricolor não vai disputar a série B; terminamos o ano em 9º no Brasileirão e fomos eliminados na semifinal da Sul-Americana.
O Tricolor On The Rock entrevista, fez uma lista de dez perguntas aos são-paulinos que mais se destacam nas redes sociais para você possa conhecer a opinião deles e comparar: Hoje o tricolor Carlos Port que é comunicador e referência para muitos torcedores nos diz como seria para ele o “Meu tricolor em 2014”.
TOTR: Quem foi o grande responsável pelo péssimo ano do Tricolor e por quê?
Carlos Port: Olá leitores do Tricolor On The Rock. Veia são-paulina é isso, rock and roll! Bom, na minha opinião, o grande responsável pelos fracassos do SPFC, não só por 2013, mas pelos últimos 3 anos, foi o terceiro mandato perpetuado de Juvenal Juvêncio, hoje, opinião quase unânime até de quem é situação. O time se perdeu administrativamente, no discurso soberano.
TOTR: Para muitos Muricy foi o grande salvador do tricolor em 2013, você concorda? Qual a nota que você daria para o treinador em 2013?
Carlos Port: Muricy salvou sim o SPFC. Vamos lembrar que antes dele, as principais forças do SPFC já estavam em campo, M1to, Ganso e Luis Fabiano, principalmente. Nada dava certo, o time mesclava momentos de apatia e luta sem rumo. Muricy deu direção.
TOTR: Rogério Ceni renovou. Como você avalia a renovação para ele, para o clube, para a torcida e para a diretoria? Quem ganhou mais com isso?
Carlos Port: Rogério Ceni é patrimônio do SPFC e do futebol mundial. Certamente, sua renovação é mais uma temporada do “último dos moicanos” de amor à camisa, no Brasil. Quem mais ganhou foi o são-paulino, que tem seu grande ídolo por mais jogos. SPFC poderia ganhar muito mais, se tivesse um marketing digno do que representa o M1to.
TOTR: Até o momento a diretoria contratou apenas um reforço, Luís Ricardo. Como você avalia essa contratação?
Carlos Port: Um bom nome. Veja, o Brasil tem escassez na formação de laterais. Luís Ricardo não chega novo, veio de um time rebaixado (no tapetão), mantendo uma política que o SPFC segue, do bom e barato, salvo raras exceções. Torço pra dar certo, porque é uma das grandes deficiências técnicas da equipe.
TOTR: Como você avalia essa passagem do Fabuloso pelo tricolor? Você acha que ele deve permanecer no clube em 2014?
Carlos Port: Luis Fabiano, acima de tudo, merece respeito. 4 gols de se tornar o 4º maior da história em 78 anos de SPFC. Gols importantes sim, em clássicos, principalmente. O problema é que muitos são-paulinos o colocaram como salvador da pátria, não como centroavante. Observe bem, nos anos que Fabuloso não teve sucesso em títulos, nenhum ídolo do SPFC teve, nem Ceni. Começo dos anos 2000, a defesa era muito ruim. 2004, Fabuloso levou o Tricolor nas costas até onde deu. No retorno, foi refém das suas contusões, este foi o grande adversário. Problema é que Fabuloso tem personalidade difícil, não sabe bem lidar com críticas. Obviamente, aquelas não exageradas e respeitosas. Isso gerou desgaste considerável. Eu acredito que, se a relação permanecer mais de cobrança do que de apoio, Fabuloso deve sair, pro bem de todos, principalmente, de sua família.
TOTR: Em 2013 medalhões como Jadson, Lúcio e Luís Fabiano decepcionaram enquanto “guerreiros” como Rodrigo Caio e Aloísio decidiram na hora “H” e ajudaram a salvar o tricolor do rebaixamento, analisando nosso elenco, precisamos hoje contratar medalhões ou “guerreiros”?
Carlos Port: Precisamos de jogadores que imponham “respeito”. Na criação, estamos bem. Mas falta quem marque com temor ao adversário, na linha de volantes, nas laterais e zaga. Pra isso, não é preciso ser medalhão.
TOTR: Quais as principais carências do elenco tricolor?
Carlos Port: Atualmente, lateral-esquerda, primeiro e segundo volantes, mais um zagueiro e centroavante.
TOTR: Além de todos os problemas internos de 2013, o São Paulo viu seus rivais locais e principalmente nacionais se fortalecerem. Como você analisa a situação do Tricolor nesse cenário?
Carlos Port: SPFC precisa se reencontrar e tem tudo pra isso. Patrimônio, estrutura e glórias. Conhece o caminho e só precisa ter as pessoas certas pra conduzi-lo. Sobre os rivais, sim, se fortaleceram. Mas é sempre bom lembrar que são times que buscam o que o Tricolor já tem.
TOTR: 2014 é ano de eleição no maior do mundo, pelo que você viu e ouviu até agora quais as principais diferenças entre os candidatos, em que se diferenciam do criticado Juvenal e qual seria o melhor para o clube?
Carlos Port: Eu apoio Aidar, pela experiência comprovada, por ser ainda jovem (foi eleito pela primeira vez com apenas 37 anos, agora terá 67) e por ter personalidade que não depende de nenhuma imposição da era de JJ. Podem ter certeza que o futebol vai mudar.
Juvenal Juvêncio está encerrando seu ciclo no SPFC. Precisa cuidar de si, da saúde. Tem 82 anos, não é mais um vigoroso. Coloca suas fichas de energia nessa eleição, porque quer fazer o seu sucessor, como último ato, de uma era de acertos e erros. O único tri consecutivo nacional da história do futebol brasileiro foi um belo e inigualável feito. Os avanços patrimoniais do Morumbi e Cotia, principalmente, também. Mas os recordes negativos e a perpetuação no poder mancharam essas marcas expressivas.
Sobre a oposição, grandes nomes reunidos, mas sem elos fortes. Falo isso com conhecimento de causa. Participei do início da formação da oposição, onde lutávamos por De Rey novamente. Infelizmente, não foi possível. A oposição, na linha de frente, é uma situação que saiu.
TOTR: Por último, quais as suas expectativas em relação ao time para 2014?
Carlos Port: 2014 é um ano diferente no calendário, pela Copa do Mundo. Teremos apenas 1 mês de Brasileiro e cerca de 40 dias de Copa do Brasil, aí pára tudo até o segundo semestre. Nossas eleições são em abril, espero que a paralisação pra Copa ajude o SPFC a se reerguer. Por enquanto, nesse início de ano, seremos quase que mais do mesmo. Mas sabemos que podemos e devemos, muito mais. Saudações Tricolores!
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Entrevista por Guine
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