A OUSADIA DE ROGÉRIO CENI

Acervo SPFC

 

 

O início da atual temporada apresentou um São Paulo diferente dos últimos anos, inclusive que vence o Santos em plena Vila Belmiro. Ainda é cedo para qualquer análise mais detalhada e, por enquanto, acho que o Tricolor não é favorito para conquistar qualquer título, pois o clube ainda passa por reestruturação após as gestões desastrosas de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. O post de hoje se dedica a opinar sobre duas ousadas estratégias adotadas por nosso treinador Rogério Ceni (uma de gestão e outra de dentro do campo), que podem dar muito errado se os jogadores não assimilarem as ideias, mas que, se derem certo, farão com que o São Paulo brigue por todas as taças que disputar.

 

Rodízio no elenco:

 

Prática comum na Europa, mas raramente adotada no Brasil, o rodízio no elenco é importante para dar ritmo de jogo a todos os jogadores, além de deixar claro que ninguém pode se acomodar. Rogério disse em seus primeiros dias como treinador que mudaria a escalação com certa frequência, porém os repetidos erros do setor defensivo não permitiram que ele fizesse tantas alterações nesses jogos iniciais. Quando o time se entrosar, certamente as mudanças acontecerão, inclusive no gol. O que todos esperam é que os atletas entendam isso como uma boa estratégia para a equipe. Acabar com qualquer tipo de insatisfação e mandar embora quem “ficar de bico” é mais do que a obrigação da diretoria.

 

Trocar passes curtos na defesa:


Isso mata qualquer torcedor do coração, ainda mais quando nem todos os defensores têm a técnica como ponto forte. A questão é que tal estratégia requer muito treino e, se o Rogério vai insistir nisso, o momento de testar é justamente no Campeonato Paulista. A torcida precisa ter paciência com os jogadores, que por sua vez devem reconhecer a situação em que se encontram e o contexto do jogo, para decidir de maneira inteligente quando é preciso dar o famoso “chutão”. Certamente o principal motivo de preocupação para os torcedores tem sido o goleiro Sidão, que falhou diversas vezes na tentativa de tocar curto na defesa. Ele foi contratado por saber jogar com os pés, mas perde a concentração em alguns lances. Precisa corrigir isso rapidamente. Se o São Paulo atingir o nível que o Rogério deseja, será um time que mantém a posse de bola, além de construir jogadas muito efetivas desde o primeiro passe e, consequentemente, terá uma melhora no ataque e na defesa. Caso contrário, temos que nos acostumar a tomar sustos e, pior, gols…

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