PARA VOLTAR A SER SÃO PAULO; POR ROBERTO CASELLA

Acervo SPFC

 

No final de 2013, após o até então pior ano da história do SPFC, o Tricolor On The Rock fez uma série de entrevistas com os são-paulinos mais influentes segundo nossa e equipe. Essa série se chamou: “Meu Tricolor em 2014″.

Pois bem, estamos aqui mais uma vez, após um ano em que mais uma vez o clube esteve perto de cair para a série B e a única coisa que o torcedor tricolor pode “comemorar” é o famoso: Time Grande Não Cai. Mais uma vez vamos fazer uma série de entrevistas, mais uma vez vamos convocar os tricolores para debater nosso SPFC em busca de sugestões de quem ama o clube. E alguém ama mais que o torcedor? Não.

O entrevistado de hoje é: Roberto Casella (Beto Morumbi), apresentador do Mundo SPFC YouTube: http://www.youtube.com/mundosaopaulofc Facebook https://m.facebook.com/SPFCMundo/ 

TOTR: Quem foi o grande responsável pelo péssimo ano do Tricolor e por quê?

 

Beto: O maior responsável pelo péssimo ano de 2017 é o presidente do clube, sem dúvida. Ele escolheu os treinadores, ele contratou os jogadores, ele é o responsável pelos resultados ruins.

TOTR: Qual o principal motivo para o SPFC estar nessa situação? Elenco caro, bons treinadores, mas que; desde 2013 com exceção ao bom trabalho de 2014, vem colecionando fracassos e flertando com a segunda divisão?

 

Beto: A fase ruim do SPFC não é fácil explicar, até porque futebol não é uma matemática exata. Temos rivais com diretorias trágicas conseguindo resultado em campo… mas no caso do SPFC é uma junção de fatores. Guerra política que atrapalha muito, mudança constante de comissão técnica, muitos jogadores ruins contratados, etc.

TOTR: Rogério Ceni iniciou o ano com técnico do SPFC, mas não suportou as eliminações no Paulista, Copa do Brasil, Sul-americana e o Z4 no Brasileiro; você acha que era a hora de Ceni? Como analisa o trabalho dele no comando tricolor?

 

Beto: Rogério Ceni treinador é um assunto complexo. Nós, torcedores, temos muita dificuldade para separar o “M1TO” do treinador. Acho que a decisão, da diretoria e do Rogério, foi precipitada. Ele deveria ter ido para Cotia… fazer cursos, treinar times, viver a pratica do banco de reservas. O trabalho começou bem, parecia que iria ser sucesso. Acho que ele errou quando mudou sua forma de atuar, num jogo contra o time da Crefisa. A partir daquele momento tudo virou… também tenho dúvida se ele soube levar o vestiário, mas aí é uma coisa que nunca teremos certeza. Torcemos muito, mas não deu certo.

Totr: Para alguns torcedores um dos erros da direção é a constante mudança de treinadores, você concorda com essa afirmação? Sobre Dorival, você acha que ele deve ser mantido ou deve sair? Se sair, quem você contrataria?

 –

Beto: Em relação a mudanças de treinador tivemos situações diferentes. Nomes como Osório e Bauza pediram demissão, o clube não tem como evitar. Outros foram demitidos. Não vi grandes injustiças. Em relação a Dorival Júnior penso que deva ficar. Vejo falhas em algumas decisões, já pensei que seria melhor trocar, mas pela evolução no segundo turno eu manteria. Torcer que essa continuidade de resultado em 2018.

Totr: O elenco tricolor está entre os mais caros do país e conseguiu apenas a 13ª campanha no Brasileiro além de eliminações no Paulista, Copa do Brasil e Sul-americana; levando em conta que times com orçamentos mais baixos conseguiram resultados importantes, qual você acha que deveria ser a política do São Paulo? Salários altos, jogadores baratos, apostar na base?

 

Beto: Não sei se times com baixo orçamento conseguem bons resultados… isso não é tão comum. Todos os campeões de 2017 são times com orçamento alto. Alguns, inclusive com mais gastos que o SPFC, não ganharam nada. Minha política é a seguinte: Para jogar no SPFC jogador tem que ser BOM. Não importa de onde venha. A base do SPFC tem formado times campeões, grandes promessas, mas na hora de resolver no time principal estão falhando. E os que mostram mais qualidade são vendidos muito rapidamente… Ideal seria mesclar. Ter uma base de jogadores da base, ou vindo com custo baixo, e algumas contratações de grandes jogadores.

Totr: Qual o setor ou setores que em sua opinião nosso time mais precisa de reforços?

 

Beto: Vejo necessidade urgente de um goleiro, um lateral direito, um meia e um atacante rápido. Além da manutenção da base de 2017.

TOTR: Existe informações de que a atual administração estaria pagando as dívidas do clube com austeridade e vendendo jogadores, você tem alguma informação nesse sentido? Como você vê essa política? Esse é o caminho certo?

 

Beto: A informação que tenho, dita pelo diretor financeiro do clube, é que a dívida bancária foi reduzida de mais de 150 para pouco mais de 50 milhões de reais. E que essa dívida atrapalha muito o dia a dia do clube, pelo custo mensal que pagamos. Zerar isso é importante sim. Dizem que a partir de 2019 deve estar equacionado, e aí sobraria mais dinheiro para investir no futebol. Espero que seja uma realidade.

Totr: Por último, quais as suas expectativas em relação ao time para 2018?

– 

Beto: Perspectiva é que seja um ano sem sofrimento, isso é o mínimo que podemos exigir. Pensar em títulos talvez seja utopia, mas um time como o SPFC precisa pensar. Chegar nas fases finais, pelo menos… Vaga na Copa Libertadores de 2019 é obrigação.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.