Salve Nação tricolor e rock´n´roll
Continuando com saga do 6.3.3 hoje vou falar do primeiro título mundial do Maior do Mundo, sobre a primeira vez que “Mestre” Tele Santana conquistou o mundo; com 10 anos de atraso o treinador da melhor seleção de futebol de todos os tempos, Brasil de 1982, que infelizmente não foi campeã; se despedia de vez do rotulo de pé-frio e comandava um verdadeiro esquadrão que viria a ser Campeão do Mundo contra o poderoso Barcelona de Johan Cruyff. O Tricolor contava com a segurança de Zetti, Adilson e Ronaldão; a garra de Vitor e Pintado, a sorte e competência de Ronaldo Luís, a qualidade de Cerezo e Palhinha, a velocidade dos “atacantes” Cafu e Muller, e com a genialidade de “Rei” Raí. O adversário era tão forte como o Barcelona de hoje, mas o tricolor venceu, e venceu jogando bola, indo pra cima, não foi na retranca, nesse dia o então desconhecido São Paulo Futebol Clube se apresentava ao Mundo vencendo o todo-poderoso Barcelona.
O São Paulo foi campeão mundial pela primeira vez, após vencer de virada a equipe do Barcelona por 2 a 1, com dois gols de Raí, eleito o melhor jogador da disputa. O Barcelona abrira o placar com um gol de Stoichkov (jogava muito). A partir da década 1980, quando a Copa Intercontinental (Copa Européia/Sul-Americana) se tornou Copa Toyota (Copa Européia/Sul-Americana Toyota), a UEFA passou a obrigar os clubes europeus a assinarem um contrato, antes de entrarem na Copa dos Campeões da Europa, segundo o qual eles seriam obrigados a disputar a Copa Toyota (mesmo se não quisessem) ao vencerem a Copa dos Campeões da Europa, e caso não disputassem a Copa Toyota, sofreriam sanções pesadas por quebra de contrato. Esses fatos pesaram na decisão do Barcelona de disputar a Copa Toyota de 1992 contra o São Paulo, sendo que o clube espanhol chegou a cogitar não disputar a competição naquele ano.
13.12.1992, Tokyo (Japão) – Estádio Nacional de Tóquio
Fútbol Club BARCELONA 1 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube
FCB: Zubizarreta; Ferrer, Ronald Koeman, Guardiola e Eusébio; Bakero (Goicoechea, 6’/2), Amor, Stoichkov e Michael Laudrup; Richard Witschge e Beguiristain (Nadal, 34’/2). Técnico: Johan Cruyff. Gol: Stoichkov, 12’/1.
SPFC: Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo (Dinho, 38’/2), Raí (capitão) e Cafu; Palhinha e Müller. Técnico: Telê Santana. Gols: Raí, 27’/1; Raí, 34’/2.
Árbitro: Juan Carlos Loustau (Argentina)
Assistente 1: Park Hae Yong (Coréia do Sul)
Assistente 2: Shinichiro Obata (Japão)
Renda: US$ 2.500.000,00; Público: 60.000 pagantes
“Foi uma madrugada inesquecível, que time tinha o São Paulo… Mas nem tudo foi alegria, pois logo aos 12 minutos o búlgaro Stoichkov marcou o primeiro gol para o Barcelona ao surpreender Zetti em chute que encobriu o goleiro são-paulino. Aos 27 minutos Müller fez jogada pela esquerda e cruzou para área. Raí se antecipou à defesa espanhola e, de barriga, colocou a bola no fundo do gol de Zubizarreta. A partida seguiu com lances de perigo de ambos os lados, mas nenhuma equipe conseguiu marcar. Ronaldo Luís, lateral-esquerdo, salvou em cima da linha uma bola chutada por Beguiristáin. A segunda etapa continuou equilibrada, com as duas equipes buscando o gol, mas não conseguindo mudar o placar. Isso até Palhinha sofrer falta na entrada da área. Foi então que Raí, em cobrança de falta ensaiada aos 34 minutos, rolou a bola para Cafu, que apenas escorou e assistiu ao meia colocar a bola no ângulo superior direito de Zubizarreta. O São Paulo passou a administrar a vantagem e viu o tempo passar sagrando-se campeão do mundo pela primeira vez e dando a Telê Santana o tão merecido título de “Maior do Mundo”. Após o jogo a galera da Metal Tricolor que assistia ao jogo no centro se dirigiu para a Avenida Paulista e Comemorou demais.”
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Abaixo o jogo na brilhante narração de Luciano do Vale.
Um abraço a todos e até a próxima semana quando vou falar sobre a segunda libertadores do Tricolor.
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Guine
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