Mais uma vez, na tarde deste sábado, o São Paulo perdeu uma excelente oportunidade de se distanciar do segundo colocado na tabela do Campeonato Brasileiro, colocando em risco, inclusive, a tão suada liderança.
O jogo em casa contra o América Mineiro parecia a oportunidade perfeita para a manutenção da liderança tricolor. Apesar dos desfalques de Bruno Alves, Rojas (suspensos), Éverton (desconforto muscular) e Bruno Peres (recuperação de lesão), a invencibilidade do São Paulo em casa e a força das arquibancadas dava esperanças aos torcedores tricolores na soma de 3 importantes pontos.
O que se viu no primeiro tempo, entretanto, foi uma partida truncada no meio de campo, erros primários de passes e cruzamentos. Em geral, os goleiros de ambos os times trabalharam pouco durante os primeiros 45 minutos. Eis que no primeiro minuto de acréscimo, após algumas tentativas de finalizações frustradas, em um belo cruzamento de Nenê de fora da área, Diego Souza cabeceia a bola sem qualquer possibilidade de defesa do goleiro do América.
Na volta do vestiário o tricolor pareceu entrar mais ligado em campo, enquanto o coelho seguia na sua proposta de retranca. Aguirre fez duas substituições logo aos 11 minutos, colocando Tréllez no lugar de Liziero e Régis no lugar de Everton Felipe. As substituições pareceram fazer efeito, gerando mais velocidade ao time e mais oportunidades claras de ampliar o marcador. Em uma delas, Nenê prestes a finalizar para a rede é travado por Reinaldo, frustrando uma excelente chance de aumentar o placar a favor do Tricolor.
O que ninguém esperava é que a substituição feita por Adilson Batista aos 24 minutos do segundo tempo fosse decisiva na partida. Matheusinho entrou no lugar de Juninho na equipe do coelho e foi o responsável pelo gol de empate no Morumbi. Pouco mais de 10 minutos após a substituição, com a defesa tricolor desarrumada, Carlinhos recebeu o passe e chutou para o gol. Sidão espalmou de volta para a área a bola, que sobrou no pé de Matheusinho. O jogador, então, com um chute muito mal dado garantiu o gol, que o camisa 12 do São Paulo não chegou a tempo de impedir.
Após o empate, Aguirre tentou dar mais ofensividade ao time, colocando o atacante uruguaio Carneiro no lugar de Arboleda (que tomou cartão amarelo e está fora da próxima partida, contra o Botafogo, no Engenhão), mas isso já aos 39 minutos de jogo e a situação do São Paulo era difícil. O que se viu daí em diante foram algumas poucas tentativas de finalizações de ambos os lados.
Em que pese a invencibilidade se manter no Morumbi, mais uma vez o tricolor desperdiça 2 pontos importantes dentro de casa contra uma equipe teoricamente fraca. Continuamos sofrendo com a falta de capricho nas finalizações, o que nos garante inúmeros sufocos e, muitas vezes, a cessão de dolorosos empates dentro de casa. A velha máxima do futebol segue mais válida do que nunca: quem não faz, toma!
Se o São Paulo quiser garantir o hepta precisará resgatar a raça dentro de campo e colocar em prática a efetividade que assistimos quase diariamente nos boletins de treino. O tricolor precisa ter em mente que daqui para o fim do campeonato temos apenas 12 rodadas e a briga na parte de cima da tabela fica mais acirrada a cada uma delas, além de maiores riscos de desfalques. Time que busca o caneco não pode se dar ao luxo de depender sempre do resultado de outros clubes, é preciso abrir o olho e aproveitar toda chance existente para depender tão somente de si.
Agora o que resta ao torcedor é rezar por um tropeço do Internacional diante do Corinthians no Itaquerão (jamais torcer pelo rival, obviamente) e do Palmeiras contra o Sport na Ilha do Retiro. É, amigos, daqui para frente no Campeonato Brasileiro, como bem diz o nosso técnico: é “xogo” a “xogo”.
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