Salve, salve Nação Tricolor.
Hoje é dia de fazer um resumo da participação do São Paulo no primeiro turno do Brasileirão 2022, e o resultado não é nada bom, apesar da entrega do time e do bom trabalho de Rogerio Ceni, o São Paulo do Brasileirão se mostrou um time de segundo escalão no futebol brasileiro.
O tricolor em 19 jogos conseguiu: 5 vitórias, 11 empates e 3 derrotas; termina o primeiro turno exatamente na última posição da primeira página da tabela: conseguiu 26 pontos; 10ª colocação, 7 pontos abaixo do G4 e 7 pontos acima do Z4, uma campanha modesta para um time modesto.
O São Paulo tem um elenco que, quando completo, é considerado abaixo do que se pode esperar pela história do clube, já desfalcado como termina esse primeiro turno, beira a mediocridade e nem estou falando de nomes, afinal individualmente e “no papel” tem muita gente boa, mas o elenco não atende às necessidades do técnico e dessa forma o time não andou.
No elenco falta zagueiros, pelo menos um; goleiro temos Jandrei que com boa vontade poderia servir para a reserva, agora imagine a qualidade de seu reserva Tiago, não precisa imaginar, a gente viu na prática… falta alguém com qualidade na criação e um atacante veloz, para jogar no contra-ataque, Marcos Guilherme chegou, vamos ver se acontece alguma coisa, afinal em sua “estreia” jogou como lateral esquerdo.
Foram muitos pontos perdidos, principalmente nos onze empates, seja por deficiências do elenco, seja por equívocos do técnico, mas o time mostra uma incapacidade enorme de suportar a pressão adversária nos segundos tempos, quando nossos atletas já estão esgotados por conta da intensidade com a qual o time joga; já todos os pontos que vencemos vem da entrega do elenco, de modo geral inferior aos adversários, mas que supera essa inferioridade na estratégia do técnico e na entrega dos jogadores.
Falta qualidade, sobra vontade, Ceni comete seus erros, mas faz um bom trabalho, sabe montar o time como ninguém, no entanto quando mexe, de modo geral, o time perde em qualidade, na maioria das vezes por deficiências do elenco, quem entra não mantem a pegada e quase sempre por características, esse time tem que jogar se doando 100% durante os 90 minutos do jogo e até jogadores como Igor Gomes, Diego e Gabriel Neves, incansáveis, tem se mostrado esgotados.
O time de Ceni alterna momentos de extrema competência com outros de mediocridade, mais uma vez destaco as fragilidades do elenco, imaginem que, só pela presença de Tiago Couto deixamos de ganhar 4 pontos, pontos que nos colocaria próximos ao G4… esse campeonato é o mais equilibrado dos últimos anos, e não aceitará desaforos.
No segundo semestre a tendência é de as contusões aumentarem, os jogadores ficarem ainda mais esgotados e dependendo do número de lesões e cartões, o São Paulo terá que se preocupar mais com Z4 do que com G4, afinal a maioria dos clubes passará a disputar apenas o Brasileirão, e são poucos os times que tem elenco inferior ao nosso que repito: não está em situação pior porque tem um técnico que tem trabalhado bem na estratégia e um elenco que, quando inteiro fisicamente, joga com uma vontade e raça há muito tempo não vistas.
O São Paulo segue vivo nas copas: Sul-americana e Copa do Brasil, pelo simples fato de que: no mata-mata a estratégia e a doação do time muitas vezes superam o melhor elenco dos adversários, mas nos pontos-corridos não, o elenco e o planejamento superam a estratégia e a vontade, e as campanhas do São Paulo nesse primeiro semestre corroboram com isso.
Na última partida do turno a gente teve uma ideia clara do que é o São Paulo da gestão Casares/Belmonte: um goleiro semi-amador, zagueiros assustados e desprotegidos, os jogadores do meio campo cansados e Luciano, mesmo perdendo pênalti, exaltado por parte da torcida carente de ídolos e que infelizmente está se acostumando com a mediocridade; assim não conseguimos vencer o Goiás em nossa casa com cerca de 40 mil torcedores na arquibancada, e não perdemos por conta do trabalho de Ceni e pela entrega de alguns jogadores, quase sempre muito criticados.
O São Paulo precisa melhorar muito, e não estou falando isso pensando em conquistas, mas para não correr riscos de em meados de outubro/novembro o time estar lutando contra o rebaixamento, pois repito: no segundo semestre os times costumam estar mais esgotados, o São Paulo segue em 3 competições jogando de três em três dias e o risco de lesão aumenta para um time que precisa jogar sempre se doando 100% fisicamente para igualar a qualidade técnica dos adversários.
Vamos São Paulo e Fiquem Bem.
Guine
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