EDITORIAL: SÃO PAULO 2013-2017

Destaque

 

Salve nação tricolor.

Por que o São Paulo passa por essa situação, por que embora contrate bons jogadores e treinadores não temos sucesso? Por que tantos fracassos e decepções? São muitas perguntas, mas a resposta é simples: Falta planejamento na hora de contratar e dispensar e o resultado é esse, de clube de vanguarda o São Paulo virou um time comum e que vive flertando com a série B, alias um elenco, afinal não temos um time.

Muita gente confunde ou finge confundir, mas Diretoria não monta time, diretoria monta elenco e define comissão técnica; esses, elenco e comissão técnica, que montam o time; isso exime a diretoria de culpa pela situação? Evidentemente que não e eu explico porque:

A diretoria não contrata mal, de 2013 para cá o tricolor sempre teve bons jogadores; quando contrata, a diretoria leva em conta o desempenho anterior do atleta, muitas contratações boas não vingaram, mas isso não é necessariamente uma má contratação e sim uma contratação que não deu certo: Nesse período passou ou estão no São Paulo nomes como: Alvaro Pereira, P.H. Ganso, Cañete, Alexandre Pato, Luís Fabiano, Wesley, Thiago Mendes, Michel Bastos, Centurion, Alan Kardec, Diego Lugano, Maicon, Breno, Buffarini, Mena, Cueva, Chavez, Arboleda, Petros, Maicosuel, Cícero, Sidão, Lucas Pratto, Hernanes, Marcos Guilherme, Jucilei, Aderllan, Jonatan Gomez, entre outros. Para mim são acertos, mas muitos não jogaram ou jogam o que mostraram antes de chegar ao tricolor e isso tem um porquê.

As diretorias cometeram erros seguidos quando o assunto é treinador e planejamento, pois antes de definir uma filosofia sempre foi atrás de nomes e cometeram atrocidades que nenhum elenco suportaria… desde a saída de Muricy no início de 2015 quando o correto seria aproveitar o bom trabalho dele em 2014, foi um festival de incoerências, de um Osorio, tão ofensivo que parecia um kamikaze até um Bauza que prefere times defensivos, passando por brincadeiras de mal gosto, como Doriva e Pintado e sempre assistidos por Milton Cruz; culminando com a chegada em dezembro passado de Ceni e suas novidades, resultado disso? Dois anos parados no tempo… aliás, voltamos no tempo, vivemos hoje um novo 2013; mas agora sem Muricy.

O São Paulo não tem um jeito de jogar, “uma filosofia” de jogo como dizem os entendidos… não se sabe se o time é ofensivo ou defensivo; se o destaque é a técnica ou a tática, sé é um time leve ou se destaca pela a força; e a culpa disso é das diretorias, indecisas e sem convicções, pois após o desastre de 2013 não conseguiram elaborar um projeto para o time, contratam mais pensando em política do que em um projeto, gasta horrores com jogadores médios como Maicon, faz a repatriação de atletas como Lugano que nenhum técnico confia e busca Buffarini para não jogar, e isso por que? Para agradar as redes sociais, onde está a convicção desses diretores?

Por fim, Dorival recebeu um elenco qualificado, entretanto “torto”, montado para treinadores com características e pensamentos completamente diferentes e terá muito trabalho não só para nos livrar da série B esse ano, mas também para começar a montar um time, uma filosofia de jogo, um trabalho a longo prazo, para que o São Paulo volte a seu lugar de direito…

Vou usar duas frases que julgo muito importantes e podem ser aproveitadas nesse momento.

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Portanto peço a nossos diretores que parem de insistir nos mesmos erros, que cometam outros se necessário, mas que mudem, que ousem, que dirijam de fato o clube, que contratem e dispensem por convicção e não para agradar às redes sociais.

“O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”

Essa vai para a diretoria e também para a torcida, os exemplos de sucesso e fracasso no futebol estão ai para quem quiser ver, trabalhos a longo prazo e que dão certo tem momentos de dificuldades, momentos de revés, mas com o tempo geralmente dão resultados; no São Paulo falta paciência com jogadores e treinadores, a gente critica muito e com as redes sociais essas críticas, muitas vezes exageradas, chegam ao destino e não tenham dúvidas, não ajudam em nada.

Fico na torcida para que o São Paulo tenha vivido entre 2013 e 2017 seu pior momento, que Dorival nos livre da série B e que possamos aprender com 2017, pois parece que não aprendemos em 2013 que nossa camisa pesa, mas não ganha jogo; que “soberano” foi apenas nomes para filmes e que o São Paulo é um gigante, mas gigantes também podem cair.

Até a próxima,

Guine.

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