Freddie Mercury – 05/11/1946 – 24/11/1991

Acervo ROCK

Há 22 anos,  morria um dos meus maiores ídolos e a maior voz do mundo musical. O vocalista da melhor banda do mundo (na minha opinião).
Nada mais justo que essa homenagem da minha parte, afinal nunca tive vergonha de assumir o quanto sou fã de Freddie Mercury.

Freddie Mercury nasceu como Farokh Bommi Bulsara, no dia 5 de setembro de 1946, em Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia). Seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram persas.

No colégio os colegas começaram a chamá-lo de Freddie, nome que a família acabou adotando. Mercury foi educado na St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Bombaim, na Índia, A música a que ele tinha acesso era principalmente indiana, mas também escutava algumas obras de origem ocidental. Ele ficava cantando sozinho e preferia a música às tarefas escolares. Freddie começou a aprender a tocar piano. Tornou-se também membro do coral e participava regularmente nas produções teatrais da escola. Ele adorava as aulas de piano e se empenhou nelas com determinação.

Em 1964, muitos dos britânicos e indianos, devido a distúrbios políticos, deixaram Zanzibar, embora não tenham sido pressionados. Entre os que saíram, estavam os Bulsara, que foram para Inglaterra. Freddie tinha 17 anos e decidiu que queria ir para uma faculdade de Arte.
Seu histórico e suas habilidades naturais garantiram que ele fosse aceito pela Faculdade Ealing de Arte e em setembro de 1966, Freddie começou um curso de Ilustração gráfica.

Algo que poucos fãs sabem é que, na escola de artes em que se bacharelou, Freddie era conhecido como um aluno exemplar e muito quieto. Tinha uma personalidade bastante introspectiva. Concluiu os exames finais do curso com conceito A. Possui uma série de trabalhos em arte visual, hoje disponíveis em alguns sites na internet.

Na faculdade, ele conheceu o baixista Tim Staffell. Tim tinha uma banda na faculdade chamada Smile, que tinha Brian May como guitarrista e Roger Taylor como baterista, e levou Freddie para participar dos ensaios.

Apesar de Freddie gostar do som da banda, ele estava comprometido em seus próprios projetos e participou ora como vocalista, ora como guitarrista de outras bandas. Isso até abril de 1970, quando a banda Smile é reformulada e Freddie acaba ficando de vocalista. Freddie decide mudar o nome da banda para Queen, e também, resolve mudar seu nome para Mercury.Mercury (mercúrio) foi escolhido, reza a lenda, por dois motivos: um por ser o deus dos mensageiros e outro por ser o planeta do seu signo acedente. Também em 1970, Freddie conheceu Mary Austin, eles viveram juntos por 7 anos e se mantiveram bons amigo até o final de sua vida (inclusive a casa de Freddie em Londres é dela hoje). Foi com ela que assumiu sua orientação sexual (Freddie era bissexual) e os dois mantiveram forte amizade até o fim de sua vida. Mary inspirou Freddie na música “Love of My Life”, de acordo com declaração do cantor e de seus companheiros de Banda, sendo Mary acima de tudo o verdadeiro amor dele.

No visual de Freddie, há uma mudança que não deixa de ser notada: se, na era Glam dos anos 70, o cabelo comprido, delineador preto, unhas pintadas , os maillotes de bailado e sapato de tacão alto eram moda, estes iriam dar lugar a uma postura mais “macho”: cabedal preto, chapéu de polícia, cabelo curto e meses mais tarde bigode, essa seria a sua imagem de marca na promíscua década de 1980. Mercury compôs muitos dos sucessos da banda, como “Bohemian Rhapsody”, Somebody to Love, “Love of My Life” e “We Are the Champions”; hinos eloquentes e de estruturação extraordinária, particulares e sempiternos. Suas exibições ao vivo eram lendárias, tornando-se imagem de marca da banda. A facilidade com que Freddie dominava as multidões e os seus improvisos vocais envolvendo o público no show tornaram as suas turnês um enorme sucesso na década de 1970 e principalmente (enchendo estádios de todo o mundo) nos anos 80.

CD Barcelona

Lançou dois discos-solo, aclamados pela crítica e pelo público. Sendo Mr. Bad Guy e Barcelona, com a diva da ópera Montserrat Caballé.
Freddie Mercury era proprietário da voz, quem sabe, mais lírica – ou, se preferir, forte – de todos os tempos, chegando provavelmente a superar Elvis Presley. Contam alguns que, durante as gravações do álbum Barcelona, Freddie desafiou Montserrat Caballé, a cantora lírica mais conhecida no mundo, para ver quem possuía maior fôlego. Mercury venceu com uma grande vantagem.

Em 1991, surgiam rumores de que Mercury estava com AIDS, que se confirmaram em uma declaração feita por ele mesmo em 22 de novembro, dois dias antes de morrer.
No dia 24 de novembro de 1991, Freddie, já debilitado pela doença, pronunciou aquelas que seriam suas ultimas palavras: “xixi”. Jim Hutton e Peter Freestone tentaram ajuda-lo, porém Freddie acabou fazendo xixi alí mesmo, em sua cama. Quando Jim começou a troca-lo, Freddie levantantou sua perna na tentativa de ajudar Jim que estava lhe vestindo uma bermuda. Foi a ultima coisa que fez, vindo a falecer às 18h48 em seu quarto no Garden Lodge.

Esta foi a última foto tirada de Freddie

Em uma declaração um pouco antes de morrer, Freddie dá a melhor definição de si mesmo: “Você é a ultima pessoa com quem falo…. provalvemente vai ter a melhor entrevista, meu caro. Não quero mudar o mundo. O que mais me importa é a felicidade. quando estou feliz, meu trabalho reflete. No final, os erros e as desculpas são minhas. Gosto de sentir que estou sendo honesto. No que me compete, quero aproveitar a vida, a alegria, a diversão, o Maximo que puder, nos anos que ainda me restam. Pronto, já gravou? Agora, use. Foi o mais perto que cheguei a me emocionar em uma entrevista. “

Sua morte causou repercussão e tristeza em todo o mundo. A casa de Freddie Mercury, passada por testamento à sua ex-namorada, Mary Austin, recebeu muitos buquês de flores na época e continua a receber até hoje.

Os membros remanescentes do Queen fundaram uma associação de caridade em seu nome, a The Mercury Phoenix Trust, e organizaram, em 20 de abril de 1992, no Wembley Stadium, o concerto beneficente The Freddie Mercury Tribute Concert, para homenagear o trabalho e a vida de Freddie.

Em 1992, dão-se os Jogos Olímpicos de Barcelona, um ano depois da morte de Freddie Mercury, nos quais Montserrat Caballé intrepreta a famosa canção “Barcelona” (gravada em 1988) num dueto virtual com o cantor falecido. Ainda hoje o dueto é recordado como um marco histórico da música.

O corpo de Freddie Mercury foi cremado e por este motivo não existe túmulo para que seus fãs possam homenageá-lo.

Em 25 de Novembro de 1996 foi inaugurada uma estátua em sua homenagem em Montreux, na Suíça, com a presença de Brian May, Roger Taylor, da cantora Montserrat Caballé, Jer e Bomi Bulsara (pais de Freddie) e Kashmira Bulsara (irmã de Freddie), em Montreux, na Suíça, cidade adotada por Freddie como seu segundo lar.

Os membros do Queen também gravaram uma música em homenagem a Freddie Mercury, que pode ser ouvida aqui No One But You (Only the Good Die Young).

Algumas curiosidades sobre Freddie Mercury:

1) Freddie nunca dirigia automóveis. Não porque não gostasse, mas simplesmente porque não sabia dirigir. Não sabia e nunca quis saber.

2) Champanhe e Vodka Stolichnaya eram suas bebidas favoritas;

Freddie com Delilah em seu colo

3) Era completamente apaixonado por gatos. Uma paixão tão exagerada que, certa vez, durante o intervalo de gravações do álbum Innuendo, ele mostrou uma música em homenagem a sua gata, Delilah (Dalila) O baterista Roger Taylor não gostou da música, deu uma bronca, saiu do estúdio, e só voltou no dia seguinte. Mas a música em homenagem à gatinha de Freddie foi gravada e está lá no álbum, pra quem quiser ouvir.

Segue: Delilah4) O clipe Innuendo foi gravado usando os mais avançados (na época) recursos de animações dos estúdios Disney. Segue: Innuendo

Freddie e Mary Austin

5) O clipe da música Living On My Own, foi gravado durante seu aniversário de 40 anos. Prestando atenção no clipe, você verá Jim Hutton, seu ultimo amante, aparecendo sem camisa exatamente aos 1:31 neste link Living On My Own

6) No clipe da música It’s a Hard Life, Freddie contracena com a atriz alemã e sua grande amiga, Barbara Valentin, subindo a escada do cenário. No final deste mesmo clipe, Freddie senta lentamente no degrau da escada e coloca a mão no joelho. Isso aconteceu devido a dores que sentia, pois estava se recuperando de uma fratura que sofreu alguns meses antes do clipe. Vejam: It’s a Hard Life

7) Ao contrário do que todo mundo pensa, I Want to break Free nunca foi uma música dedicada ao público gay. Ela foi escrita por John Deacon e trata-se apenas de uma música sobre relacionamentos;

8) Freddie usava cocaína, porém, nunca existiram anões com tigelas de cocaína em suas festas, isso é mito!

9) O clipe I’m Going Slightly Mad foi gravado com Freddie descalço, ele já não aguentava mais usar sapatos, pois lhe apertavam os pés. Notem que Freddie aparece apenas alguns instantes usando sapatos de palhaço, pois eram os únicos que não lhe apertava. A única imagem coloria que aparece no final do clipe é uma das colchas de sua própria cama.
Segue: I’m Going Slightly Mad

10) O clipe These are the Days of Our Lives foi o ultimo clipe gravado por Freddie. Prestando bastante atenção neste clipe, nota-se a aparência frágil e cadavérica que nem a maquiagem conseguiu esconder. É como se Freddie estivesse se despedindo de seus fãs.
Segue: These are the Days of Our Lives
Clipe colorido These are the Days of Our Lives colorido

Querem saber mais? Leiam os livros sobre Freddie Mercury.

Autores: Jim Huttom, Peter Freestone e Selim Hauer, respectivamente
Tradução da música The Show Must Go On (O Show Deve Continuar)
Espaços vazios… Para que nós estamos vivendo?
Lugares abandonados – Eu acho que já sabemos o placar
E continuando, alguém sabe o que nós estamos procurando?
Um outro herói, outro crime impensado
Atrás das cortinas, na pantomima
Segure a linha, alguém quer aguentar um pouco mais?
O Show Deve Continuar
O Show Deve Continuar, yeah
Por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar dissolvendo
Mas meu sorriso continua…
O que quer que aconteça, eu deixarei tudo à sorte
Uma outra dor no coração, outro romance fracassado
E continua, alguém sabe para que nós estamos vivendo?
Eu acho que estou aprendendo
Eu preciso ser mais forte agora
Em breve irei virar a esquina
Lá fora o amanhecer está surgindo
Mas aqui dentro no escuro estou sofrendo para ser livre
O show deve continuar
O show deve continuar, yeah yeah
Ooh, por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar dissolvendo
Mas meu sorriso continua…
Yeah yeah, whoa wo oh oh
Minha alma é pintada como as asas das borboletas
Contos de fadas de ontem vão crescer mas nunca vão morrer
Eu posso voar – meus amigos
O show deve continuar
O show deve continuar
Eu irei enfrentar tudo com um sorriso
Eu nunca irei desistir
Avante – com o show
Eu irei dar uma lance maior, irei chacinar
Eu tenho que achar forças para continuar
Com o show
Com o show
O Show deve continuar
Continuar….
Conrado.

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