Observando a história recente do SPFC notamos que o hábito de trocas desse grupo, que controla o clube há quase 10 anos, não modificou a rotina de triturar os diretores de futebol. Apenas na gestão (?) Leco foram oito nomes, ou um diretor a cada 3 meses na média. Este rodízio forçado de dirigentes ajuda a explicar a situação que chegamos durante esse último ano.
–
A frequente demissão de Diretores de Futebol faz a credibilidade do ocupante do cargo diminuir durante negociações, tanto com jogadores, quanto com outros clubes. O mercado enxerga como alguém que esteja de passagem e opta por negociar diretamente com o presidente, pois o cargo de Diretor de Futebol não é mais levado a sério no SPFC.
–
Raí não é ingênuo. Pelo contrário, é um profissional com diversos empreendimentos na iniciativa privada, Presidente de uma fundação respeitada e sua imagem é muito procurada por agências de propaganda para promover produtos e serviços. Raí não é um ex-jogador comum.–
–
Sua opção por dirigir a principal área do clube não pode ser confundida como submissão ao atual presidente, por uma simples razão. Raí tem muito a perder com o possível desgaste da imagem do que Leco, que já não goza de nenhum respeito e se consagrou como o mais fracassado dos presidentes tricolores.
–
Diferente de Rogério Ceni, Raí não chega em período eleitoral. Isto significa que foi uma opção segura para Leco e não eleitoreira. O ídolo do SPFC assume em um momento interessante. Vai poder planejar junto ao técnico toda a pré-temporada, bem como a formação da equipe base para 2018. Não poderia ser em melhor momento essa indicação.
–
Para finalizar, ainda creio que o novo presidente do São Paulo esteja surgindo. Se tiver autonomia e apoio, Raí pode ser o candidato da situação para substituir Leco. Porém, se for atrapalhado ou sabotado, certamente liderará a oposição e da mesma maneira irá se tornar o novo mandatário do tricolor em 2020.
–
Siga no twitter: @ZeLuiz_SP
