VITÓRIA CONTRA O VITÓRIA: UM OÁSIS EM MEIO AO DESERTO?

Acervo SPFC

 

Vitória contra o Vitória: um oásis em meio ao deserto?

É, meus caros amigos tricolores, eis que após 6 rodadas o nosso Soberano relembrou o doce gosto de vencer e consegue, enfim, respirar! Mas sem muita animação, meus caros. O futebol apresentado, em geral, foi aquele mesmo sonolento e acomodado das recentes desastrosas partidas. Fazendo uma sumária análise do que foi o jogo ontem, preciso destacar aqueles que, para mim (e creio que também para a maioria dos torcedores), foram os melhores em campo: Luan e Bruno Alves.

Luan, uma das nossas joias vindas diretamente de Cotia, é raçudo, mostra frieza e sabe o que faz com a bola nos pés. Demonstra muitas vezes mais qualidade do que medalhões que compõem o elenco do São Paulo. Aguirre deveria usar Luan como exemplo para apostar mais na excelente base que temos! Ontem mesmo, na substituição de Carneiro (que, diga-se de passagem, também fez uma boa partida) poderia muito bem ter optado por Brenner ao invés de Tréllez.

Já Bruno Alves, particularmente para esta humilde colunista que vos fala, foi um dos maiores acertos do Tricolor em termos de contratações! Incontáveis vezes já nos salvou em diversos jogos nos quais contávamos com um goleiro inseguro e tecnicamente ruim como Sidão. E ontem, além de dar conta da zaga com maestria, chegava a conduzir a bola até a área adversária. Fez por merecer ser coroado com o gol da partida, que nos trouxe um dos 3 pontos mais importantes do campeonato para o time!

Mas, como não poderia deixar de ser, a arbitragem fez tudo o que pôde para protagonizar o jogo. Apitava seguidamente faltas a favor do Vitória, não deixando a bola rolar solta. Mas mesmo após o apito final, que sacramentou o nosso triunfo em Salvador, o árbitro resolveu dar o ar de sua graça. O goleiro Jean, ex-Bahia, que teve uma boa atuação na noite de ontem, caiu na besteira de provocar a torcida adversária com gestos de “quem manda aqui sou eu”. Obviamente que depois da evidente postura caseira do juiz durante os 90 minutos, tal ato não sairia impune e Jean foi expulso.

Quem me conhece sabe que apoio há tempos a ideia de que Jean não pode ser banco do Sidão, mas é inegável que o jovem tem demonstrado certa imaturidade em algumas situações extracampo: fala mais do que deve em entrevistas e cai em pilha de oponentes, prejudicando o time como um todo.

Em tempo, não defendo que o futebol se torne essa coisa chata e engessada, onde provocação não possa ser feita e também vi excesso no cartão vermelho, uma vez que a regra é clara: esse tipo de situação demanda tão somente um cartão amarelo. Mas nessa altura do campeonato, tendo ciência de que somos constantemente prejudicados por arbitragem e vendo a maneira como a partida foi conduzida por Vuaden, o mínimo que o goleiro deveria ter era a noção de que qualquer atitude impensada prejudicaria o coletivo.

Agora voltamos a ficar nas mãos (literalmente) de um goleiro fraco contra o Flamengo na próxima rodada, já que Aguirre dificilmente dará uma oportunidade a Lucas Perri – que talvez não seja uma decisão tão ruim assim, já que o garoto poderia sair queimado. Esperemos que o São Paulo recorra dessa expulsão e que, se tal recurso não surtir efeito, pelo menos Sidão não nos comprometa no próximo jogo.

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