INIMIGOS ÍNTIMOS…

Acervo SPFC

 

 

O São Paulo perdeu outra chance de se recuperar no Campeonato Brasileiro ao empatar a partida diante do Fluminense, no Morumbi. O desempenho da equipe melhorou em relação aos jogos anteriores e a escalação sem Wellington Nem, Cícero e Lucão deu esperanças ao torcedor, mas os vacilos defensivos não permitiram a conquista dos três pontos e o resultado não foi pior graças ao goleiro Renan Ribeiro.

Os próximos confrontos do Tricolor no Brasileirão são contra Flamengo e Santos, ambos fora de casa. Fica difícil imaginar que não serão duas derrotas, caso os adversários escalem força máxima. Entrar na zona de rebaixamento é uma possibilidade muito real, então a diretoria precisa agir com mais rapidez do que tem feito. Mais do que as chances perdidas e os vacilos defensivos, é preciso se atentar às declarações dos jogadores após as partidas. Alguns atletas não demonstram o mínimo comprometimento com o clube e parecem não ver a hora de sair. O zagueiro Lucão desrespeitou a torcida e logo foi afastado pela comissão técnica, para nossa alegria. No último domingo, porém, Rodrigo Caio repetiu a atitude do companheiro de time, mas não se falou de afastamento para ele. Vamos falar a verdade, o Rodrigo Caio ganhou mais notoriedade por ser “honesto” do que pelo futebol que joga. É mais um supervalorizado, assim como tantos outros no elenco.

O atual momento do São Paulo me leva ao saudoso ano de 2008. No início da temporada, logo após o pentacampeonato nacional, a diretoria teve a infeliz ideia de trazer um clima de guerra para um ambiente de paz ao contratar os bad boys Adriano, Fábio Santos e Carlos Alberto. Os três aprontaram bastante e se tornaram verdadeiros problemas, que foram rapidamente resolvidos pelos dirigentes na época. Nenhum deles permaneceu no segundo semestre e o Tricolor voltou a ter tranquilidade para conquistar mais um Campeonato Brasileiro. No atual elenco não existe nenhum “encrenqueiro”, mas há diversos jogadores que não demonstram o profissionalismo necessário para levar o clube de volta aos dias de glórias. Alguns não se esforçam em campo, enquanto outros se preocupam mais em jogar na Europa do que em honrar seus contratos com o São Paulo. A diretoria sabe bem quem são as “laranjas podres”, mas permanece apática.

A atual situação do São Paulo não permite que os jogadores se sintam injustiçados pelas críticas da torcida. Se os resultados são péssimos, como é possível reclamar das vaias que ecoam nas arquibancadas? Quem acha que o torcedor deve aplaudir o momento da equipe não pode continuar no clube, ainda mais quando as reclamações vêm de atletas que nunca foram relevantes em nenhuma conquista de título. Quem é Rodrigo Caio, por exemplo? Ganhou o que pelo São Paulo? Se ele for vendido na atual janela de transferências, não vai deixar saudades e será esquecido em pouco tempo, como aconteceu com tantos outros jogadores que passaram pelo Morumbi nos últimos anos. Quando se olha para as atitudes de Rogério Ceni e Lugano, fica ainda mais evidente o quão moleque é o Rodrigo Caio. Ele é apenas o último exemplo de falta de profissionalismo, mas o que não falta é jogador acomodado no elenco, verdadeiros inimigos íntimos.

Muitos torcedores reclamam que times com elencos piores fazem melhor campanha do que o São Paulo. Acontece que o sucesso ou fracasso de uma equipe envolve muitos outros fatores além da qualidade técnica dos jogadores. Organização tática, relacionamento saudável entre atletas, comissão técnica e diretoria, confiança e raça também são fundamentais para vencer. O Tricolor tem tudo isso? Fica a reflexão…

ST

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