No final de 2013, após o até então pior ano da história do SPFC, o Tricolor On The Rock fez uma série de entrevistas com os são-paulinos mais influentes segundo nossa e equipe. Essa série se chamou: “Meu Tricolor em 2014″.
Pois bem, estamos aqui mais uma vez, após um ano em que mais uma vez o clube esteve perto de cair para a série B e a única coisa que o torcedor tricolor pode “comemorar” é o famoso: Time Grande Não Cai. Mais uma vez vamos fazer uma série de entrevistas, mais uma vez vamos convocar os tricolores para debater nosso SPFC em busca de sugestões de quem ama o clube. E alguém ama mais que o torcedor? Não.
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A entrevistada de hoje é: Vicktória Meira, colunista do Tricolor On The Rock, vamos às perguntas:
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TOTR: Quem foi o grande responsável pelo péssimo ano do Tricolor e por quê?
Vicktória: É difícil definir um culpado. É mais simples determinar que uma série de decisões erradas nos colocaram nessa situação absurda. Obviamente, essas decisões foram tomadas por sujeitos incapacitados profissionalmente de assumir cargos na administração do Tricolor, mas, principalmente, por sujeitos mal intencionados. É triste chegar à conclusão de que existem, dentro da nossa administração, pessoas que não respeitam o São Paulo FC. A péssima campanha de 2017 é consequência de péssimas gestões há, pelo menos, 8 anos – desde o terceiro mandato de JJ.
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TOTR: Qual o principal motivo para o SPFC estar nessa situação? Elenco caro, bons treinadores, mas que; desde 2013 com exceção ao bom trabalho de 2014, vem colecionando fracassos e flertando com a segunda divisão?
Vicktória: O futebol do clube foi deixado de lado. E eu chego à esta conclusão quando assisto as entrevistas dos membros diretivos e só ouço falar em quitação de dívidas. Me parece que todos os esforços do clube giram em torno do déficit financeiro. Fica claro que esta é uma parte significativa de um clube de futebol, mas FUTEBOL é fundamental. Em 2014 tivemos uma boa temporada devido a qualidade dos jogadores no elenco, e isso não pode ser esporádico. A folha salarial do São Paulo FC é altíssima mas não é justificada pela qualidade dos atletas. Não adianta contratar cinco jogadores meia boca pras laterais e não sanar os problemas nesta posição, por exemplo.
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TOTR: Rogério Ceni iniciou o ano com técnico do SPFC, mas não suportou as eliminações no Paulista, Copa do Brasil, Sul-americana e o Z4 no Brasileiro; você acha que era a hora de Ceni? Como analisa o trabalho dele no comando tricolor?
Vicktória: Eu sou são-paulina da era Ceni. Pra mim, é difícil criticar o Rogério e eu tenho ciência de que isso é um erro. Cresci vendo o M1TO nos defender debaixo das traves e diante dos microfones. E foi difícil vê-lo nas mãos da atual diretoria, servindo de escudo. Acredito que uma passagem pelas categorias de base seria bastante proveitosa para a carreira do treinador Rogério. Mas também acredito que se o time não tivesse sido desfalcado pelas vendas de jogadores importantes e Ceni tivesse tido chance de pegar o time com esses jogadores que chegaram no meio da temporada o resultado teria sido melhor que com Dorival Jr.
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Totr: Para alguns torcedores um dos erros da direção é a constante mudança de treinadores, você concorda com essa afirmação? Sobre Dorival, você acha que ele deve ser mantido ou deve sair? Se sair, quem você contrataria?
Vicktória: Eu concordo. Porque o planejamento do time precisa ser feito a longo prazo, é preciso tempo para desenvolver qualquer tipo de trabalho – ainda mais quando o assunto é futebol. Precisamos ser campeões em 2018, em 2019, em 2020… Essa pressa por resultados rápidos só serve pra alongar ainda mais a espera por troféus – que, aliás, não pode ser “espera”. Precisa ser “trabalho”. É preciso construir o caminho até a taça. Não cai do céu. Acho que, por isso, Dorival Jr. deve continuar trabalhando em prol da recuperação dos caminhos tricolores de outrora.
Totr: O elenco tricolor está entre os mais caros do país e conseguiu apenas a 13ª campanha no Brasileiro além de eliminações no Paulista, Copa do Brasil e Sul-americana; levando em conta que times com orçamentos mais baixos conseguiram resultados importantes, qual você acha que deveria ser a política do São Paulo? Salários altos, jogadores baratos, apostar na base?
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Vicktória: Cotia precisa viver. Não é resort, não é um trabalho alheio. Faz parte do São Paulo FC e por isso deve lhe servir. Quantos jogadores saíram de Cotia e se tornaram grandes jogadores?! Quanto dinheiro o São Paulo FC fez com essa garotada?! Mas títulos com o profissional só Lucas, em 2012. É pouco. Eu acredito que a mescla entre jogadores experientes e a base é o caminho mais indicado.
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Totr: Qual o setor ou setores que em sua opinião nosso time mais precisa de reforços?
Vicktória: Sem dúvidas as laterais e um camisa 10. Caras que cheguem pra resolver. Não é simples mas é necessário. Jr e Cicinho foram os últimos que deram conta das nossas laterais. Um camisa 10 pra fazer sombra ao Cueva e para atuar enquanto ele serve sua seleção. Também sonho com Lucas Moura (rs).
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Totr: Setores da torcida criticavam muito o trabalho de Pinotti, como você avalia o trabalho dele? Você gostou da troca por Raí? Qual sua expectativa com relação ao trabalho do ídolo tricolor no comando do futebol?
Vicktória: Pinotti era mais um amador. O trabalho dele era dispensável. A entrada de Raí dá uma encorpada nas esperanças do torcedor. Ilusão ou não, acredito que uma das “tarefas” do torcedor é acreditar. E eu acredito que dias melhores virão. O São Paulo FC precisa vencer independentemente de quem seja o presidente. Precisamos de dias melhores porque o coração tá machucado. Os títulos virão!
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TOTR: Existe informações de que a atual administração estaria pagando as dívidas do clube com austeridade e vendendo jogadores, você tem alguma informação nesse sentido? Como você vê essa política? Esse é o caminho certo?
Vicktória: Não sei se isso ocorre, mas se estiver acontecendo é exagero. É preciso falar mais de futebol e menos de dinheiro.
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Totr: Por último, quais as suas expectativas em relação ao time para 2018?
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Vicktória: Em 2018 seremos campeões. Não importa do quê. Seremos e precisamos! Avante, meu Tricolor!
